Las Vegas Aces é campeão da WNBA

Raphael Matheus Ferreira Pedreira
4 min readSep 19, 2022

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Equipe conquistou o primeiro título da história da franquia

Por Raphael Matheus

A’ja Wilson celebrando seu primeiro título na WNBA | Crédito: New York Times

O Las Vegas Aces conquistou o primeiro título da WNBA de sua história ao derrotar o Connecticut Sun fora de casa por 78x71. Durante toda a campanha na pós temporada, a equipe do estado de Nevada foi liderada por A’ja Wilson (eleita jogadora mais valiosa e melhor defensora da liga) e Chelsea Gray, que converteu arremessos de nível alto de dificuldade em momentos decisivos durante todos os playoffs. Todavia, foi a coadjuvante e reserva Riquna Williams que finalizou os trabalhos para concretizar a campanha campeã ao anotar 11 pontos no 4º período do jogo 4 das finais da WNBA. Enquanto a equipe de Connecticut vinha de uma reação, Riquna tirou sua equipe do buraco e converteu arremessos em situações de alta pressão (último minuto do jogo). Após a boa sequência da camisa 2, foi Kelsey Plum (cestinha da equipe durante a temporada regular) que anotou o arremesso de quadra final para confirmar a vitória.

Anteriormente na pós temporada, Las Vegas enfrentou o Seattle Storm pelas semifinais, série qual foi decidida em 4 duelos, com os Aces vencendo por 3x1. Na ocasião, os times trocavam cestas no quarto período do jogo 4 (especialmente as atletas Chelsea Gray e Breanna Stewart para suas respectivas equipes), mas foi Jackie Young convertendo dois arremessos em momentos cruciais da partida que permitiu que Las Vegas criasse a vantagem suficiente para vencer.

Os playoffs são decididos por momentos e cada atleta em quadra é capaz de ter um bom momento ao longo dos meses em que os jogos de pós temporada são disputados. Por isso, para ser campeão não requer somente suas principais jogadoras convertendo arremessos difíceis (A’ja Wilson teve somente 11 pontos, enquanto Chelsea Gray converteu apenas um arremesso no quarto período do jogo 4 das finais da WNBA), mas sim que todas as atletas no elenco estejam preparadas para o momento da partida, pois cada uma poderá receber a oportunidade de decidir o confronto. Além disso, é de fundamental importância entender o momento em que sua equipe se encontra (tanto Las Vegas quanto Connecticut estavam atrás do primeiro título da história da franquia), pois aquele momento pode não se apresentar novamente, já que o esporte já apresentou inúmeros exemplos de atletas que foram às finais e só conseguiram voltar após anos, como disse Candace Parker, uma das melhores jogadoras da história da WNBA, sobre a chance de sua equipe ser campeã.

“Eu levei nove anos para chegar às finais pela primeira vez… esse time tem uma oportunidade de conquistar o título e devemos aproveitá-la.” — Candace Parker em entrevista antes de sua equipe, Chicago Sky, ser eliminada para Connecticut

“Os playoffs são sobre momentos e essa equipe tem vários atletas capazes de terem bons momentos para nós” — Bobby Portis sobre sua equipe na NBA, o Milwaukee Bucks

A frase acima foi citada por Bobby Portis, atleta do Milwaukee Bucks e campeão da NBA com a equipe em 2020–21. Para ser campeão, todos os atletas precisam estar presentes e preparados para as partidas, pois a bola pode lhe achar a qualquer instante e é dever do atleta estar pronto para o momento que lhe aguarda. A fala de Portis ilustra o título da WNBA do Las Vegas Aces. Liderança de suas estrelas pela maior parte do tempo, porém foram nos destalhes das atletas coadjuvantes que se sobressaíram em momentos em que a equipe mais precisava de soluções diferentes das suas jogadoras mais talentosas. E foi assim que a temporada se encerrou. Riquna Williams, Kelsey Plum e Jackie Young foram tão importantes quanto A’ja Wilson e Chelsea Gray para a conquista do inédito campeonato, ingrediente comum de equipes campeãs entre todos os esportes coletivos.

Tenho sorte de ter um grupo repleto de jogadoras resilientes. Mas o que estou mais orgulhosa é como elas permaneceram juntas durante os últimos cinco / seis meses para realmente se tornarem um time. E vocês viram diferentes jogadoras se sobressaírem em diferentes momentos hoje, e é isso que faz muito difícil de sermos derrotadas.” — Becky Hammon, técnica do Las Vegas Aces

“A primeira coisa para construir uma cultura vencedora é determinar um nível alto de responsabilidade para suas atletas, fazer todas jogarem com um mesmo objetivo que é maior do que cada uma delas individualmente e garantir que elas aceitem e concordem com o que sugiro como treinadora… elas responderam muito bem a mim, eu tento ser muito clara com elas em relação à qual é o trabalho delas e qual é a expectativa, além de que todas são avaliadas pelo mesmo critério… jogue da maneira certa, todas vencem, e quando vencemos, o resto vai se ajeitar.” — Becky Hammon

A’ja Wilson levantando o troféu como campeã da WNBA — Crédito: Jessica Hill / Associated Press

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Raphael Matheus Ferreira Pedreira
Raphael Matheus Ferreira Pedreira

Written by Raphael Matheus Ferreira Pedreira

Tenho 22 anos e curso Jornalismo na faculdade FACHA. Amo conversar e escrever sobre lições da vida, conselhos emocionais, basquete e alguns outros esportes.